quinta-feira, 29 de julho de 2010

PR. BULLON LANÇARA NOVELA


Peruano de nascimento, mas brasileiro de coração. Formado em Teologia e autor de 17 livros. Trabalhou 38 anos como conselheiro de jovens e de pastores na América do Sul. Isto garantiu-lhe o "título de doutor honoris causa, outorgado pela Universidade Peruana Unión. (Entrevista concedida a Tobias Souza na rádio Novo Tempo FM 99,9).

Estou escrevendo uma novela. Será a primeira que teremos à disposição. Também me formo em julho do ano que vem como roteirista profissional. Está começando um segundo capítulo do meu ministério.

O senhor está aposentado, mas ao invés de estar numa cadeira de balanço, continua ativo. Como está seu ministério atualmente?
Bullón . Eu estou aposentado no sentido de que não cumpro um horário de trabalho. Mas continuo pregando o evangelho. Isto está no meu sangue, no meu coração. Nos últimos anos tenho viajado pelos cinco continentes. Estou trabalhando mais nos países onde não pude trabalhar quando estava localizado aqui na América do Sul.

E com tantas viagens dá tempo ainda de escrever, produzir livros?
Bullón . Minha vida está ocupada. Eu estou escrevendo muito. Neste momento estou escrevendo uma novela. Vai ser a primeira novela que vamos ter à nossa disposição. Tem-se descoberto que 70% dos livros que se vendem no mundo são novelas. Agora, a novela que estou escrevendo não é fruto da minha imaginação. É o grande conflito entre Cristo e Satanás. Só que sem mencionar Cristo, nem Deus, nem Satanás, nem o evangelho, nem a Bíblia, nem a morte de Jesus, nem nada. O conflito acontece no coração de um ser humano que busca o sentido para a vida. Ele tem um chip que o diabo colocou, que é a natureza pecaminosa, que o leva a fazer coisas que ele não quer fazer. E ele quer uma explicação para isso. Então ele mergulha no budismo, no hinduísmo, em todas as filosofias da vida, no ateísmo, no agnosticismo, até que finalmente chega à conclusão de que a grande solução é Cristo. Esse é o tema básico da novela. Isto está levando dois ou três anos de trabalho e tenho que entregar o primeiro volume neste mês e o segundo provavelmente no próximo ano.

Quer dizer que é um tema para o homem pós-moderno, que não quer saber de religião, que nunca leria uma Bíblia?
Bullón . Nós podemos distribuir um trilhão de livros religiosos. A pergunta é: quem vai ler? E o racionalista, o agnóstico, o ateu, que não quer nada com religião, como chegamos a ele? Então, esta novela é uma maneira de colocar a mensagem de Cristo no coração de pessoas agnósticas que não leriam essa mensagem se soubessem que é religião.

O senhor vai lançar a novela em quantos idiomas?
Bullón . Eu estou fazendo um trato com a sede mundial da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Eu não vou fazer um trato com as editoras mundiais. Eles vão distribuir para as editoras e as editoras dos diferentes países vão publicar o livro.

Quando a gente poderá acompanhar essa história em português?
Bullón . Sem dúvida que no próximo ano o livro já deve estar disponível em português.

O seu ministério também está ligado à internet. Como surgiu o projeto ministeriobullon.com?
Bullón . Meus filhos um dia me chamaram e disseram: “Pai, você tem que parar de viajar. Você já está aposentado e não tem idade para manter um ritmo louco, passando a maior parte do tempo em aviões, hotéis e comendo em restaurantes”. Mas o dia em que parar de pregar o evangelho morro. Então o mais velho disse: “Pai, vamos abrir um site e você vai pregar através dessa página quanto quiser, até o último momento da sua vida”. Assim começou a página. Hoje o site é acessado por aproximadamente 37 mil pessoas por mês e chegam cartas de todos os lugares. Você pode encontrar mensagens em textos, áudios e vídeos. Enfim, é uma ferramenta evangelística extraordinária.

E quanto à produção de filmes, atividade que o senhor começou recentemente a se dedicar?
Bullón . O diabo quando quer ensinar suas lições não usa seminários, não prega sermões, não dá conferências. Quando ele quer ensinar as mensagens dele usa a mídia (a novela, o cinema, as músicas). Essa inquietude me levou a produzir um filme [A Janela]. O problema era financeiro. Esse primeiro foi um curta. Fizemos nos Estados Unidos, com atores profissionais. Só o ator principal recebeu um cachê de 18 mil dólares, para se ter uma idéia do custo do filme. O filme está sendo uma bênção – e agora estou com cinco projetos mais. Eu sou dono da história. Mas descobri que a história não basta. É preciso fazer um roteiro. O roteirista é alguém que tem que estudar, conhecer os detalhes. Me matriculei numa universidade espanhola pela internet no curso em que vou me formar em julho do próximo ano. Vou ser roteirista profissional. Quer dizer, a vida não acaba. Pra mim está começando um segundo capítulo do meu ministério.

COMTEXTO – Periódico bimestral da ACRS – www.usb.org.br/acsr
Ed. Julho de 2010 – ano 1 – nº 2
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Contato: (51)3375-1600

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